Após um ano e três meses, foram julgados em um júri popular, ontem (23), no fórum de Goiana, o pedreiro Luiz Carlos da Silva, 20, conhecido por Lolota, e o vizinho Rosenildo Fidélis da Silva, 20, o Nino, ambos são amigos e foram condenados por espancar e estuprar, Gisele Rodrigues da Silva, 6 anos. O crime aconteceu no dia 27 de maio de 2010, em Tejucupapo, distrito de Goiana.
Eles foram condenados a 26 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado, no presídio Aníbal Bruno. Foram quatro votos a três. O Conselho de Sentença é formado por sete pessoas. O promotor do caso foi o Dr. Sebastião Ramalho e a juíza foi a Dra. Mariza Silva Borges.
Gisele foi estuprada, espancada, esganada e enterrada viva. Ainda chegou a ser socorrida, mas depois de seis horas sentindo dor, morreu, no Recife, após uma parada cardíaca. Além de toda a brutalidade, um dos acusados pelo ato, preso em flagrante, é o tio da criança, Luiz Carlos, com quem ela morava e em quem aprendeu a confiar.
Entre gemidos de dor e sussurros à procura da mãe, Gisele ainda teve tempo de revelar aos médicos e policiais que a socorriam o nome dos responsáveis por tamanha violência. “Foi Lolota e Nino”, teria dito, segundo os relatos dos profissionais à Polícia Civil. Os dois negaram o crime, mas a polícia não tem dúvidas da autoria.
Gisele foi encontrada por vizinhos e parentes enterrada em um buraco que, segundo a polícia, teria sido aberto às pressas, nas terras da Fábrica Megaó, antiga indústria de cal localizada a um quilômetro de sua residência. O corpo foi enfiado no buraco e coberto até a cabeça por pedras. O rosto estava escondido por uma tela velha de ferro, pressionada por mais pedras. Na correria, os assassinos esqueceram o braço da menina de fora, o que ajudou na localização.
A defesa vai recorrer da sentença.
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